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Aula do futuro

AULA DO FUTURO

Professor, que é democracia?
Tu assuntaste bem, Rafael.
Não pelo questionamento em si, mas sobre tudo pela oportunidade de se aflorar um tema interessante.
Democracia não se define, se sente, se vive.
Definições eram muito comuns nos séculos passados e somente até o final do século XX.
Serviam, principalmente para locupletar textos, doutrinas, obras inteiras e até discursos.
Hoje vivemos outra situação. Vivemos, sentimos e gozamos muitas daquelas definições do passado.
Hoje respiramos democracia e praticamos matemática simples.
Sim, respiramos democracia; não aquela democracia discursada e imediatamente contestada pelas ações.
Hoje praticamos a matemática simples; não aquela inventada para complicar os cidadãos, aquela dos economistas.
Professor, o que é economista?
Economista, Luciana era um cidadão que estudava a chamada ciência exata (matemática) procurando complicá-la ao máximo para que somente ele e meia dúzia de seus pares pudessem trabalhar com ela. Ora, dois mais dois foram, são e sempre serão quatro.
Já, para esses senhores, cognominados economistas, essa soma poderia ter vários resultados.
Dependendo de seus interesses, dos interesses de seus clientes e, o mais comum, dependendo do interesse dos políticos.
Professor, o senhor se referiu a políticos. É verdade que eles existiram?
Sim, Yara, é verdade. Esses senhores sempre existiram e até hoje habitam o nosso planeta.

A diferença está no nome e nas suas ações.
Hoje os chamamos de conselheiros e os respeitamos pelo que fazem pelas comunidades, pelas regiões e pelas nações.
Professor, antigamente eles não eram respeitados por que?
Não, Iracema, eles não eram respeitados. Eram apenas temidos e seguidos, bajulados e copiados. Eram como um câncer social.
Se vocês tiverem um pouco de paciência vão entender.
Políticos eram cidadãos pagos pelas comunidades, pelas regiões e pelas nações para organizá-las, representá-las e defendê-las.
Defendê-las de quem? De que?
Calma, Ubiratan, breve você vai entender.
Acontece que a maioria daqueles cidadãos que sustentavam os políticos era humilde e ignorante, o que os tornavam presas fáceis dos ambiciosos e inescrupulosos.
Estes foram se organizando em grupos (chamados partidos políticos) e passaram a se denominar legisladores e executivos.
Um grupo grande fazia leis e um grupinho menor obrigava o cidadão a cumpri-las.
Nessa época nasceu o que era chamado “trem da alegria”.
Como esse grupinho denominado executivo não dava conta de sua tarefa, ou seja, de obrigar o produtor a pagar determinada taxa, começou a chamar para ajudá-lo um parente de um, um amigo do outro... e aí, formou-se outro grupo bastante grande e que não parava de crescer.
Quanto mais esse grupo crescia mais o cidadão tinha que pagar para sustentá-lo.
Esses parentes... amigos... dos políticos logo passaram a ser conhecidos como funcionários públicos.
Dada essa situação quase insustentável, o produtor, aquele que pagava a conta, começou a se rebelar contra as pesadas taxas que lhe eram impostas pelos políticos.
Como os políticos eram ambiciosos e inescrupulosos, mas medrosos, precisavam de alguém que obrigasse os produtores a pagar aquelas pesadas taxas que passaram a ser conhecidas como impostos, pois eram impostas por eles.
Ademais, os políticos achavam que essa nova tarefa exigia o concurso de homens que fossem obedientes, corajosos e mais decididos.
Como em seu meio não havia cidadão que preenchesse todos esses requisitos, foram buscar esses homens no meio dos produtores.
Para essa finalidade procuraram alguns homens fortes, outros somente corajosos, mas que tinham uma qualidade em comum: todos eram obedientes.
Assim surgiram os militares.
Eram pagos pelos políticos, com o dinheiro dos produtores e para defender, principalmente, aqueles.
Não há explicação para certas coisas; apenas aconteceram numa fase da humanidade e por vários séculos.
Muitas vezes essa categoria chegou a enfrentar e a dominar os próprios políticos (seus criadores), sem nunca se distanciar de sua principal característica - dominar pela força.
Quando lutavam entre si - por dinheiro, bens, vaidade, poder... sempre atingiam o produtor, aquele que os sustentavam... mas isto é passado.
Apesar da aparência de fortes, tanto a obra quanto seus criadores, foram extintos da sociedade por meio simples, embora lento.
Um produtor, depois outro e outros mais foram se dando conta de que eles eram os mais fortes, os realmente fortes, uma vez que eram eles que sustentavam aqueles.
Aí... foram se unindo e percebendo que já não necessitavam dos políticos. Temos os conselheiros que são da comunidade e não percebem nada para opinar, para sugerir.
Como o acessório acompanha o principal, nosso planeta vive hoje momentos bem diferentes do passado, de um passado não muito distante.
Cada um fazendo sua parte não há necessidade de pagar terceiros para nos conduzir.
Com o advento desta nova era, há numerário suficiente para ser aplicado em saúde (preventiva), educação, pesquisas... além, é claro, de ter sido reduzida a carga tributária em mais de oitenta por cento.
O bom deste modelo é que a maior parte desses cidadãos não perdeu a identidade, ou seja, passou da prestação de serviços para a cadeia produtiva e hoje goza de todos os benefícios que estão à nossa disposição.
Devido a essas transformações por que passou a humanidade, os índices de infecção hospitalar, de mortalidade infantil, de analfabetismo e de corrupção estão próximos de zero.
Professor...
Não Sandra, não vamos falar mais do passado.
Não agora, pois o nosso horário já terminou.
Os que quiserem pesquisar sobre o passado poderão buscar informações nos livros eletrônicos, muitos deles escritos por seus próprios personagens, está bem?
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