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Criança, diz cada uma...

Walter, trabalhava numa fábrica de laticínios, no interior do estado. Davi, apesar de ser funcionário lotado em seu departamento, também era seu melhor amigo e confidente. Toda tarde, os dois saíam juntos e passavam em um bar para tomar uma cervejinha, antes de ir para casa.
Walter andava muito chateado com o nascimento de seu primeiro filho, pois o pobre menino nascera sem as duas orelhas. Tanto que, principalmente depois do nascimento, Walter passou a ficar mais tempo no bar bebendo, deixando transparecer claramente, sua insatisfação de ir para casa e conviver com aquele triste quadro.
Davi, por sua vez, já sabia que o filho do seu melhor amigo, nascera com esta deficiência, e durante todo tempo destas tardes prolongadas, procurava escutar com paciência o desabafo do amigo.
--- Eu não tenho nem vontade de chegar em casa... a gente faz tantos planos... e depois... vem a decepção...
--- Quê que é isso cara?... a gente não pode deixar se abater assim não... existe casos piores... pelo menos no resto ele tem saúde..., disse o Davi.
--- Ah!... mas é duro... e depois, toda visita que chega lá em casa vai logo perguntando pelas orelhas dele... eu já não agüento mais, e minha mulher também... depois que a visita sai, ela chora tanto que dá até pena...
--- Então?... tá vendo só?... você procura fuga no bar... e sua mulher, cara? Ela enfrenta o problema o dia inteiro, e não tem como fugir... ela fica à sua espera, doida para que você chegue e divida com ela esta dor... é aí que a gente tem que mostrar que é forte.
--- Que nada... ela é muito mais forte que eu... neste ponto ela até que me alivia bastante, porque mantém no neném um boné de aviador, de modo que esconde aqueles dois orifícios...
--- Pois é... e eu até estou em falta com vocês... mas como você mesmo disse, numa situação como esta, visitas sempre chateia...
--- Mas espera aí, eu falei de visitas chatas... mas não me referi à sua família, vocês pelo contrário, me dão muito prazer tanto que eu até falei com a Cleide que vocês ainda não tinham aparecido...
--- Eu vou ver com a patroa... conforme for neste fim de semana a gente deve aparecer por lá...
Acontece, que o problema do Davi não era falta de tempo não, e sim o seu próprio filho. O moleque era muito peralta e extrovertido demais para a idade que tinha, seis aninhos só. E Davi, por sua vez, tinha medo que o garoto fizesse algum comentário sobre as orelhas do neném. E se isso acontecesse, ele e sua esposa iam ficar em verdadeiro “papo de aranha”. Mas por outro lado, não podia mais protelar a visita, pois já estava ficando estranho sua situação junto ao seu amigo. Destarte, chamou seu filho Diego para uma conversa bem particular, onde esclareceu a ele a situação em que estavam vivendo seus amigos. Fez saber a ele, que neste próximo fim de semana, eles iriam então fazer esta visita, e que ele estava terminantemente proibido de perguntar pelas orelhas do garoto.
No sábado então foram os três para casa do Walter, afim de cumprirem com seus deveres e obrigações de amigos. Walter e Cleide, os receberam muito bem, e sentando-os nos sofás da sala, ficaram os dois conversando sobre futebol, enquanto as duas mulheres conversavam sobre os problemas de amamentação, e os rotineiros problemas do pós-parto.
Diego, o filho do Davi, até que estava se comportando muito bem, ficava em pé em volta do carrinho onde o neném dormia com aquele boné de aviador. Não perguntava nada, mas no fundo daria tudo para enfiar os dedos, debaixo daquela proteção do boné, para pelo menos sentir como era a situação do garotinho.
Mas, como diz a máxima “defunto muito encomendado, não chega no céu”, em dado momento Diego falou para o pai do neném.
--- Sabe tio?... seu filho tem uns olhos muito bonitos.
--- Ah! é Diego... você acha-os bonitos. Disse o Walter dando atenção ao moleque.
--- É... e eu estive pensando... eu vou rezar muito para que Deus dê a ele uma visão muito boa.
--- Ah! que bonito... disse a Cleide se intrometendo na conversa dos dois. ...então você vai rezar pro meu neném?... como você é bonzinho... mas porque esta preocupação com os olhos dele?
--- A senhora já pensou se ele precisar usar óculos?
Datos del Cuento
  • Categoría: Cómicos
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